28 dezembro, 2009

REFLEXÃO BÍBLICA


POR NELSON JR.

Lucas 9:10-12 - "E sucedeu que, Ele estando em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos. Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médicos, e sim os doentes."




Fui questionado esta semana por alguns conhecidos meus do porque não passei a noite de Natal com meus parentes (mãe, irmãos, cunhados etc). Bom, nossa vida é feita de escolhas e essa decisão não poderia deixar de estar entre essas escolhas. Tive de levar em conta muitas variáveis para tomar uma decisão como minhas vontades, as vontades da minha esposa, uma imposição da sociedade, enfim, muitas variáveis, mas depois de muito negociar, ficou decidido que passaríamos a meia-noite do dia 24 para 25 de dezembro junto com o pessoal da Missão SAL. Foi muito divertido poder conversar e passar um tempo especial com o pessoal da Missão. Com direito a uma mensagem de Natal, uma mesa farta de alimentos e doces como sobremesas e com bastante alegria e risadas, piadas e lembranças de dias com trabalhos pesados, mas que tudo valeu a pena.
Os dias que antecederam a noite de Natal foram muito corridos para a Missão, pois foi feito um almoço para os moradores de rua na praça do Carmo, no centro de Santo André, um acampamento com os travestis de 2 dias, um almoço com as prostitutas e um dia todo dedicado as crianças da favela do Cigano, em Santo André, sem contar a distribuição das cestas básicas para as famílias da mesma favela. Tudo feito como estratégia de evangelismo a fim de se aproximar e poder falar do amor de Deus por todos. Antes que perguntem, essa aproximação surte muito efeito e dá gosto de ver os rostinhos de todos quando passamos alguma mensagem bíblica, seja no contexto que for. Vemos lágrimas nos olhos das pessoas que denotam um sentimento de "quero mais" dessas mesmas pessoas que a sociedade antiga chamaria de publicanos e pecadores e que a sociedade atual chama de "marginais". Literalmente sentamos a mesa com eles e comemos do mesmo prato, um do lado do outro, conversando, rindo, comendo, orando, chorando etc...
Mas vamos falar dos parentes. Eu os vejo semana sim, semana não. Quando bate a saudade, posso pegar o telefone quando quiser e ligar para eles e dizer "eu te amo" (o que acontece bastante). Eles têm uma vida digna como Deus deseja para eles, bem como eu, temos uma mesa farta e uma vida cheia de afeto o ano todo. Está ao meu alcance e ao alcance deles o nosso contato contínuo. Mas isso não acontece com os "publicanos e pecadores marginais" que vivem nas ruas ou mesmo aqueles que temporariamente escolhem tentar uma vida diferente na Missão SAL. Por menor que seja o afeto desenvolvido durante o pouco contato com eles, de um jeito ou de outro, seja pelas atitudes, seja pelos momentos de oração e devocional ou, por simplesmente, ouvir suas histórias bíblicas que contamos, com toda a certeza é passado para eles uma parte do amor de Cristo. E isso já ficou comprovado pelo que ouvimos deles mesmos, dos mesmos que passaram pela nossa casa. Não são e não estão do mesmo jeito que entraram. Alguma coisa levam consigo. Alguma coisa mudou. Eles bebram da água do Espírito e uma uma semente foi plantada.
Não será um Natal (ou dois), ou um dia não jantando com meus parentes que medirá meu amor por eles e sim o decorrer de um ano todo, mas para aqueles que não tem parente para poder patilhar um amor contínuo durante o ano, um jantar em um dia especial como o Natal, que lembra do nascimento de Cristo, pura demonstração do amor de Deus pelo mundo, pode fazer uma enorme diferença. Saber que é amado por alguém e que esse alguém não quer nada em troca e ainda diz que faz porque alguém fez por eles é algo que tira o chão. Eu sei do que estou falando. Amém.





Nelson Jr.

13 dezembro, 2009

A QUESTÃO DE SER DISCÍPULO


Quando nos convertemos sempre tem aquele irmão que você conheceu que quer te apresentar melhor o Cristo ao qual você se entregou fazendo assim um discipulado. Ou seja, já que você é novo convertido e desfruta de uma novidade de vida, precisa conhecer melhor a esse Cristo que agora está no comando de tudo em sua vida…
Mas na verdade ser discípulo vai muito além do que apenas entregar a vida a Cristo. É preciso conhecer sua palavra, o Jesus homem, sua autoridade, mandamentos e ensinamentos, ou seja, Antigo e Novo Testamento, onde desde o Éden Jesus foi profetizado pelo Pai.
Qual a diferença entre os discípulos da Igreja Primitiva e nós, “discípulos de hoje?”. A simplicidade é uma delas. Os discípulos largavam, literalmente, suas famílias, trabalhos, vida social, sonhos etc. para seguir o Mestre. Infelizmente isso está bem distante de nós.
Até para ser feito missões em qualquer lugar do mundo lutamos para que o chamado se estenda a nossa família, porque acreditamos que sem ela não vamos conseguir existir ou realizar aquilo que nos foi proposto.
Na verdade apenas o que precisamos é seguir o Mestre!
No Novo Testamento a palavra discípulo ocorre 269 vezes e cristão apenas 3 vezes, sendo que cristão  foi citada a primeira vez referindo-se aos discípulos. Eram pessoas mais que especiais. Pessoas que mesmo entendendo suas fraquezas, necessidades e tendo seus próprios objetivos largaram tudo para ser o que lhes estava sendo proposto. Eles seguiam Jesus em atitude de estudo, obediência e imitação.
Como podemos agir como os discípulos da Igreja Primitiva nos dias de hoje? Difícil não é?
Abandonamo todos, somos obedientes, estudiosos da palavra e acima de tudo imitadores de Jesus? Nossas rotinas, famílias, empregos nos permitem isso? E por não permitirem deixaremos esse modelo de discípulado ser tão distante de nós? Podemos ser cristão sem ser um discípulo? Isso nas igrejas hoje em dia é claramente algo opcional.
A questão de ser discípulo não é fácil!                                                                 
É matar o velho homem a todo o momento e dizer não a carnalidade. A nossa tarefa é saber frear quando é preciso. Descansar acima de tudo em Deus e dividir o julgo pesado que carregamos com Ele.
Cristo é simples, coração e atitudes puras, santo, obediente, leal, amável, justo, comprometido com o reino e fiel a Deus.
Com o que foi acima citado podemos perceber que precisamos buscar ser mais parecidos com Cristo!
A quem estamos dando ouvidos?  Quem está no controle?
Precisamos estar com Jesus, sempre para poder aprender dele assim como aconteceu com os discípulos. Para não perdermos o foco, precisamos buscá-lo de todo o coração, focar nossas atitudes e pensamentos nele, para que a sua vontade possa ser cumprida em nós.
Minha oração é para que cresçamos na fé e possamos andar, sem deslizar, junto com Cristo, que o mundo possa nos reconhecer como discípulos de Jesus assim como aconteceu na Igreja Primitiva.
O custo é bem alto, mas a recompensa é grandiosa!!!


Fabiana Farias
Fonte: BLOG DA EQUIPE

12 dezembro, 2009

BENTO 16 SE DIZ ENVERGONHADO POR ESCÂNDALOS DE PEDOFILIA


O papa Bento 16 expressou "indignação e vergonha" nesta sexta-feira por um escândalo de abusos sexuais de crianças cometidos por padres na Irlanda, que levou os líderes da Igreja Católica no país a prometerem uma reformulação.

Fontes da igreja disseram que alguns bispos devem renunciar após a divulgação de um relatório do governo que acusou líderes da Igreja de acobertarem o abuso difundido de crianças por padres durante 30 anos no país de maioria católica.

Em declaração emitida após uma reunião do papa com líderes da igreja irlandesa, o Vaticano disse que iria redigir uma carta ao povo irlandês sobre o abuso sexual na Irlanda e sobre os planos de ação do Vaticano. Essa será a primeira vez que o papa escreve um documento exclusivamente dedicado ao abuso sexual de crianças pelo clero.

O relatório do dia 26 de novembro disse que a Igreja havia ocultado "obsessivamente" o abuso infantil na arquidiocese de Dublin entre 1975 e 2004, e cumpria uma política de "não pergunte, não conte."

Na declaração de sexta-feira, o papa pediu orações pelas vítimas que sofreram os "crimes hediondos" e prometeu que o Vaticano iria "criar medidas efetivas e estratégias seguras para impedir reincidências".

O papel proeminente da Igreja na vida irlandesa foi um dos motivos pelo qual os abusos por parte de uma minoria dos padres passaram sem denúncia, segundo o relatório do governo. Um padre confessou ter abusado mais de 100 crianças. Outro disse que ele teria abusado de crianças a cada duas semanas por mais de 25 anos.

O relatório foi divulgado seis meses após a publicação de um outro documento igualmente incriminador e mais detalhado sobre açoitamentos, trabalho escravo e estupro coletivo na maioria das escolas de reformatório regidas pela Igreja no século 20 na Irlanda.

Fonte: Reuters

02 dezembro, 2009

TENTAÇÃO DE CRISTO E SUA VITÓRIA SOBRE SATANÁS


Por Nelson Jr.

Lucas 4:1-2 - "Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo."
Vale a pena, antes de ler todo o trecho da tentação de Cristo (Lucas 4:1-13), se ler o trecho que vem antes (Lucas 3:21-22), pois mostra a "identidade" que Jesus tinha e que parece ter entendido quem Ele realmente era, o Filho de Deus a quem Ele tem muito prazer. O contexto do trecho da tentação de Jesus no deserto, mostra satanás propondo formas de Jesus pegar atalhos para conseguir saciar suas necessidades da carne, os prazeres que o mundo disponibiliza e a de poder ilusório oferecido por satanás. Nunca tinha me atentado a isso, mas olha a semelhança com alguém que decide caminhar com Cristo, seja um novo convertido, seja alguém querendo deixar um vício de drogas, ou de fazer um tratamento para cuidar de uma compulsividade. Lembrando que isso não é teologia e sim uma forma de enxergar a palavra viva de Deus nos dias de hoje.
A primeira tentação de Cristo vem depois de quarenta dias. Em qualquer tratamento de compulsão, de forma geral, esse é o período que o corpo passa por uma desintoxicação, passa-se a ter o que se chama de "síndrome de abstinência", e podendo ocorrer algumas alucinações (como por exemplo ver o objeto do seu desejo fome-pão; droga, jogo, bebida, sexo, compras etc). Pelo fato de que, as pessoas que passam por esse processo, normalmente não terem nada em que ou em quem se agarrar, começam a ter dúvidas em o que (ou quem) seguir, bate a insegurança de se continuam ou voltar para o caminho por onde andava. Esse momento é muito particular para cada um, pois nem todos tiveram os mesmos históricos de vida para nivelar uma resposta única, logo, vejo uma necessidade muito grande de se ter sempre alguém mais forte (com mais tempo fora da adicção) ou com mais tempo de vida com Deus (pode ser um grupo de pessoas, uma pessoa, uma igreja, mas sem legalismo por favor), acompanhando o processo, para poder ajudar a alinhar a decisão (que é da pessoa que está tentando mudar de vida que precisa tomar e não de quem acompanha), apontando-se sempre para na palavra de Deus, a Bíblia, e não nas palavras dos homens, porque para quem é compulsivo ativo (ou recém iniciado num tratamento), a vida está cheia de promessas não cumpridas e/ou inacabadas e ficaria difícil acreditar em alguém. "Sou impotente diante dessa situação e perdi o controle da minha vida por causa disso. Não consigo sozinho, mas com alguém comigo eu posso conseguir."
A segunda tentação é: uma vez passada a tentação do corpo, como progressão do artifício de tentação, satanás passa a usar os prazeres do mundo para encher nossas mentes. Traz para nossa mente todos os momentos bons quando se estava praticando tudo o que ele sussurrava nos ouvidos. Ele não traz os momentos de sofrimento, angústia, de solidão e desespero por uma mão que ampara. Apenas alimenta a lembrança da sensação boa de se ter algo importante mesmo que por pouco tempo. Esse sussurro faz com que a pessoa ignore todas as sugestões dadas pela Bíblia e corra no sentido de querer ganhar o tempo perdido e fazer tudo que até então não conseguiu fazer (estudar, trabalhar, namorar etc) sem estar preparado para isso. Creio eu que foi por esta razão que Cristo apontou para a adoração a Deus e não as coisas do mundo, pois tendo o Pai como referência, todas as outras nossas escolhas teriam o mesmo norte. "Entrego minhas vontades a Deus".
Por fim, a terceira tentação é o desejo de ser igual a Deus e adorado como tal, trazendo o orgulho, mesmo pecado de satanás, o pecado do estrelismo (todo compulsivo tem esse desejo de aparecer). É onde começa a surgir a auto-comiseração ("coitadinho de mim, ninguém gosta de mim") e a vontade de largar as pessoas que até então o ajudaram para passar a caminhar sozinho, "pois se sou o próprio 'deus', eu não preciso de mais ninguém para continuar nessa caminhada de libertação".
Ledo engano meu querido. Se nem Cristo andou sozinho, se nem Deus criou o mundo sozinho (o Espírito já estava com Ele na criação do mundo), quem somos nós para acharmos que não precisamos de ninguém. Lembrando que até então, antes do início de qualquer recuperação, foi feito tudo como sempre se queria e você acabou parando em um grupo de ajuda e agora quer largar tudo e correr sozinho? Bom, mas não sou ninguém para falar alguma coisa. Cristo disse que não devemos tentar nosso próprio Deus (como fez satanás). Cada um faz sua própria escolha. Eu escolhi caminhar debaixo do guarda-chuva de Deus, "revendo todos os dias as burradas que faço quando destrato alguém e tentando consertar sempre que possível e quando tenho sucesso nisso compartilho com os amigos para deixar os exemplos bons e maus". Mas cada um, cada um, não é verdade? Amém.
Nelson Jr.

MENSAGEM DA CRUZ