28 junho, 2009

MISSÕES - ORIGEM E METAS



A palavra Missões é derivada de antigos aldeamentos indígenas organizados e administrados por jesuítas no Novo Mundo, era parte de sua obra maior Civilizar e Evangelizar, o que compreendia também a fundação de colégios e conventos nas regiões alcançadas pela civilização. Endendia-se como objetivo comum e maior das Missões o de criar uma sociedade com os benefícios e qualidades da sociedade cristã européia, porém isenta dos seus vícios e maldades.

Missões segundo a Bíblia

Sem dúvida, a Bíblia é o manual de missões por excelência. No livro da Santa Palavra de Deus encontramos precedentes de toda experiência, estratégia de manobras, e até exemplos dos problemas que o obreiro pode e vai enfrentar no vasto campo missionário, pois a obra missionária estando presente em toda a Bíblia, desde o Gênesis ao Apocalipse nos dá ênfase geral sobre as lutas e temporais encontrados nos caminhos missionários, porém superados com o auxílio do grande Senhor das Missões, o nosso Deus.

Um empreendimento Divino

O empreendimento missionário não é e nem poderia ser de origem humana, e muito menos um tipo de obra filantrópica; ele surgiu da excelente sabedoria de Deus, e está revelado em sua Palavra. Muitos livros tidos como sagrados, mostram o homem à procura de Deus. Porém, a Bíblia nos apresenta um Deus pessoal, buscando e restaurando verdadeira imagem da sua Criação. O grande propósito do Altíssimo é a redenção de todo o mundo. Por esta razão, as boas novas destinam-se a todas as raças, tribos, nações e povos em todo o globo terrestre.

Missões e a Bíblia não se separam

Todos nós, que nos declaramos cristãos reconhecemos a origem divina das Escrituras. Não é possível separar o termo Missões da Bíblia Sagrada. Nesta encontramos o tema Missões: JESUS, e “tudo o que diz respeito à vida e a piedade” (2 Pe 1.3). Este estudo não é uma defesa à inspiração e à autoridade das Escrituras, porque todos os cristãos já reconhecem a origem divina da Bíblia, mas mostra que a obra missionária está presente em toda a Bíblia, desde o Gênesis ao Apocalipse. Ok?

Por que a Bíblia é o manual de missões?

1 - Porque ela evidencia os propósitos universais de Deus para a Redenção do homem. A Bíblia é a única obra literária do planeta que registra a nossa origem: o que somos, de onde viemos e para onde vamos. Deus quer que todos os seres humanos conheçam a verdade sobre Ele e de como Ele se revelou nas Santas Escrituras; e, também sobre a natureza humana. A vontade de Deus é que todos os homens se arrependam e venham ao conhecimento da verdade (1 Tm 2.4). Deus sempre se preocupou com o bem-estar do homem. Essa vontade só pode ser conhecida pela revelação e isso encontramos nos oráculos divinos, a Bíblia Sagrada.

2 - Porque ela nos apresenta o fundamento, o norte, e as estratégias missionárias. É na Bíblia que encontramos os registros das primeiras missões. Além disso, mostra como plantar igrejas locais, as estratégias de evangelização, as possíveis atividades de um missionário no campo, o papel da igreja missionária e os problemas enfrentados no campo missionário. Essas coisas nos inspiram e orientam como fazer missões. O registro das viagens missionárias na Bíblia serve também para mostrar o “modus operandi”, ou seja: como fazer. Deus nos manda fazer missões e, além disso, ordenou fosse registrada em sua Palavra as viagens missionárias, principalmente as do apóstolo Paulo, para que todos possam visualizar uma viagem missionária e todas as possíveis atividades de um obreiro no campo missionário. A Bíblia é o manual por excelência de missões porque é a revelação de Deus à humanidade. Além de ser a única fonte inspirada de teologia e ética, ela nos ensina como fazer missões.

A visão missionária prenunciada no Antigo Testamento

1 - Exemplificada no comissionamento dos Patriarcas. A obra missionária está no coração de Deus. O patriarca Abraão foi chamado por Deus para deixar sua terra e partir para uma terra distante e desconhecida (At 7.2-4). Quando Deus apareceu a Abraão, em Harã, prometeu: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Essa promessa foi confirmada depois a Isaque (Gn 26.4) também a Jacó (Gn 28.14). Isso significa que o próprio Deus pregou o evangelho primeiramente a Abraão prevendo sua extensão por toda a terra (Gl 3.8). Nisso podemos ver missões tanto no exemplo, no comissionamento de Abraão, como também de maneira direta: as famílias da terra sendo abençoadas no patriarca Abraão.

2 - Cantada nos Salmos. Os salmos também vislumbravam a obra missionária em toda a terra: “Anunciai entre as nações a sua glória; entre os povos, as suas maravilhas” (Sl 93.3). O salmo 67 é essencialmente missionário. A chegada do evangelho entre os etíopes é cumprimento de uma profecia bíblica cantada nos Salmos (Sl 68.31). Assim, a conversão do eunuco da rainha Candace, da Etiópia (At 8.27, 39), eram as primícias do Pentecostes representadas nas 17 nações que começavam a se espalhar entre as nações: Etiópia, casa de Cornélio, Antioquia da Síria e finalmente “os confins da terra”.

3 - Conscientizada nos profetas. Estudamos na lição 3 a visão missionária nos discursos proféticos, sendo Jonas enviado para Nínive. Deus é apresentado nos profetas como Deus universal, de toda a terra, e não meramente um Deus tribal restrito aos filhos de Israel (Is 40.28). Encontramos tanto de maneira implícita como explícita a natureza missionária do Cristianismo em termos proféticos (Is 42.4; 49.6). Veja o cumprimento dessas profecias no Novo Testamento (Mt 12.21; At 13.47).

A visão missionária confirmada no Novo Testamento

1 - Os evangelhos – Jesus o maior exemplo. O Senhor Jesus está presente em cada livro da Bíblia, mas somente os quatro Evangelhos revelam sua vida e ministério e o reconhecem como o cumprimento das promessas de Deus. Estudamos na lição passada que Jesus é o enviado do Pai (Jo 3.16,17), sendo o maior exemplo para os missionários de todos os tempos. O objetivo da obra missionária é tornar o nome de Jesus conhecido em todas as nações da terra. De todos os 66 livros da Bíblia os evangelhos se destacam na revelação da pessoa de Jesus e de sua história: nascimento, vida, morte, ressurreição e ascensão ao céu.

2 - As epístolas. Sabemos que a história da vida de Jesus está registrada nos quatro Evangelhos, mas a interpretação teológica está nas epístolas. Elas tratam dos mais variados assuntos fundamentais da fé cristã. No que tange à missiologia, servem também para estabelecer disciplinas e encorajar as igrejas às missões (Rm 10.13-15; Gl 2.9). O papel de Atos é decisivo em missões, por isso vamos estudá-lo à parte, na próxima lição. No Apocalipse encontramos o fim glorioso da jornada da Igreja (Ap 21.3,4). O Senhor Jesus é o centro das Escrituras e da mensagem dos missionários. Nenhum missionário pode fazer coisa alguma sem o Espírito Santo, sem o Senhor Jesus e sem a Bíblia.

A visão missionária ultimada na Grande Comissão

1 - A Grande Comissão. Registrada nos quatro Evangelhos e repetida em Atos (Mt 28.18-20, Mc 16.15-20; Lc 24.46-49; Jo 20.20-2; At 1.8). Essas diferentes narrações se completam entre si apresentando um resumo dos elementos básicos para missões. No Evangelho de João, lemos que Jesus veio pela autoridade do Pai, e na sua própria autoridade enviou seus discípulos ao mundo, e esse poder abrange todo o universo “o céu e a terra”, que na ação do Espírito Santo Jesus deu aos seus discípulos o poder sobrenatural para que a obra de Deus seja realizada (Mc 16.17, 18; At 1.8).

2 - Uma ordem e não uma recomendação. Fazer missões é mandamento bíblico. Trata-se de uma ordem bíblica imperativa e não meramente um parecer ou uma recomendação. É algo que não depende mais de mandamento específico ou de receber uma visão especial da parte de Deus para iniciar a obra missionária. Essa ordem como vimos, já está na Bíblia (1 Co 9.16). Essa mensagem de salvação é para ser pregada a “todo o mundo” (Mc 16.15), até aos confins da terra, mediante a atuação do Espírito Santo (At 1.8). Essa incumbência foi dada à Igreja. O que é necessário é buscar a direção do Espírito para saber como realizar tal tarefa.

Resumindo

Missões está em toda a Bíblia. Visto que o propósito fundamental da Palavra de Deus é a redenção humana e missões se insere nesse contexto, é correto afirmar que está presente desde o Gênesis ao Apocalipse. Essa presença pode ser direta ou indireta, nas ilustrações, figuras, profecias. O livro de Atos se sobressai em missões, registra os grandes trabalhos missionários. Missões, contudo, está em toda a Bíblia. O livro do Senhor é o manual de missões.


fonte: DIARIO CRISTÃO

15 junho, 2009

Evangelistas são agredidos por camponeses muçulmanos


Quase quarto meses depois de camponeses muçulmanos no sub-distrito no sudeste de Bangladesh furiosamente atacarem evangelistas por terem mostrado “Filme de Jesus”, um dos cristãos ainda está sob tratamento pelos danos nervosos causados em seu quadril.

O funcionário da Christian Life Bangladesh (sigla em inglês, CLB), Edward Biswas, 32, foi internado no Centro Fisioterápico Alabakth no dia cinco de maio. Dr. Mohammad Saifuddin Julfikar informou que as feridas que ele originadas no ataque ocorrido no dia 08 de fevereiro no distrito de Feni, a cerca de 150 km ao sudeste de Dhaka, causou complicações neurológicas em seu quadril.

“A junta do quadril foi deslocada e um osso foi fraturado”, informou Julfikar.

Biswas disse ao Compass que ele e Dolonmoy Tripura, 21 anos, exibiram o filme em 07 de fevereiro em uma casa na vila Chandpur, onde eles também ensinavam sobre os perigos do arsênico na água, cuidados da saúde de mãe e filhos e a prevenção da AIDS a mais de 200 pessoas pobres e, em sua maioria, analfabetas. O Fundo da Criança das Nações Unidas reportou que mais de 30 milhões de pessoas estão expostas aos altos níveis de arsênico na água de Bangladesh e da Índia.

Azad Mia da mesma vila pediu a eles que mostrassem o filme em sua casa no dia segunte. Eles forma para a sua casa no dia 08 de fevereiro, mas por um parente de Mia estar doente eles não puderam exibir o filme. No retorno para casa, disse Biswas, alguns camponeses lhe disseram para mostrar o filme em sua casa; os dois evangelistas desconfiaram tratar-se de uma armadilha.

“Primeiro eles tentaram falar suavemente conosco no caminho para as casas deles”, comenta Biswas. “Com a nossa recusa em mostrar o filme, eles tentaram nos forçar a ir até lá. Eu suspeitei de algo e me recusei a ir. Depois eles forçosamente nos levaram para dentro da vila.”

“Cerca de 20 pessoas se juntaram e começam a bater neles”, disse.

“Alguns dos idosos da vila lhes rogaram para soltar-nos, mas eles estavam determinados a ver o filme”, disse Biswas. “Eles nos levaram para um pátio escolar onde nós mostramos o filme mediante tremenda compulsão. Depois de mostrar 20 minutos da primeira bobina do filme, camponeses muçulmanos começou a nos bater na medida em que fomos caindo no chão. Eles nos deram socos e chutes”.

Enquanto 15 e 20 muçulmanos os atigiam, cerca de 200 outros presentes olhavam. Os camponeses também bateram em um muçulmano que transportou funcionários da CLB pela vila em uma carroça para a divulgação do filme.

Os assaltantes também destruíram o projector de filmes, gerador, microfone e os quarto rolos do filme, contabiliza Biswas.

“Muitos dias apõs o ocorrido, eu soube por alguns camponeses que uma família recebeu um cristão há 10 anos na vila vizinha. Todos os camponeses ficaram bravos e eles desalojaram a família da comunidade”, contou Biswas.

De acordo com ele, o ataque foi pré-planejado, tendo a exibição do filme como pretexto legítimo para feri-los, disse ele. Eles também ameaçaram Daud Mia, um camponês muçulmano que permitiu a exibição do filme em sua residência no dia anterior.

O supervisor da área da CLB Gabriel Das levou Biwas and Tripura para tratamento médico. O Presidente da CLB, Sunil Adhikary, expressou sua preocupação sobre a liberdade religiosa e os direitos das minorias assegurados na constituição do país.

“O ataque foi um flagrante da violação dos nossos direitos”, afirmou Adhikary. “Eles mostraram o filme, mas não forçaram ninguém a se converter.Nós perdoamos os que atacaram e mostramos a eles o amor do nosso Deus.”

Desde 2003, pelo menos três funcionários da CLB foram assassinados – provavelmente por extremistas islâmicos, segundo a polícia e oficiais locais – e centenas foram feridas.

Em abril, o primeir-ministro Sheikh Hasina Wazed falou sobre liberdade religiosa, governança democrática e oportunidades iguais em Bangladesh com Gerard Valin, vice-almirante da marinha francesa e comandante das forças unidas francesas no Oceano Ìndico, que estava visitando o país. Hasina disse ao comandante que Bagladesh protegeria a liberdade religiosa para todas as crenças, como também asseguraria a liberdade de expressão de todas as minorias.

Tradução: Cecília Padilha




Fonte: Compass Direct